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quarta-feira, 13 de junho de 2012

VANTAGENS...

terça-feira, 20 de março de 2012

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

The Fantastic Flying Books of Mr. Morris Lessmore



Obrigada, Ana C.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

ERA, NÃO ERA?

 Estreei-me nos audiolivros e adorei... Que melhor companhia para as minhas viagens que ouvir contos contados nas vozes de alguns dos nossos melhores contadores!...




Construído com esmero para crianças de todas as idades, este audiolivro lança-lhes um desafio: que continuem o jogo de contar que atravessa séculos, línguas, vales e montanhas, rios e até mares.Só têm de fixar as personagens e acções principais e acrescentar o vosso ponto. Ou inventar uma história, uma quadra, uma lengalenga, um trava-línguas, uma adivinha novinha em folha, para passar de boca em boca.
Algumas imagens do novo audiolivro da Boca e da sua feitura, correndo sobre a canção de Carlos Marques e Ana Sofia Paiva - última faixa do CD e tema ao qual fomos buscar o nome desta edição.

sábado, 3 de dezembro de 2011

PARA ONDE VAMOS QUANDO DESAPARECEMOS?

Se desaparecemos sem ninguém dar conta, 
não chegamos a desaparecer.
Porque, para alguma coisa desaparecer,
 é preciso que alguém a tenha visto primeiro
e dado pela sua falta depois.
Para que alguma coisa desapareça
são precisos sempre dois. 
(Um que fica e um que desaparece.)

 Mais um texto brilhante de Isabel Minhós Martins, sempre muito bem ilustrado pela Madalena Matoso e que nos ajuda a refletir, desdramatizando, sobre este tema da ausência, do desaparecimento e da morte. Não trazendo respostas definitivas, abre as portas à imaginação, tornando o tema (mesmo que por breves instantes) um pouco mais leve.

À parte algumas exceções, ninguém consegue responder com certeza absoluta à pergunta que dá título a este livro.
"Para onde vamos quando desaparecemos?" aproveita a ausência de respostas “preto no branco” para lançar novas hipóteses – mais coloridas e poéticas, mais sérias ou disparatadas, conforme o caso... – e assim iluminar um tema inevitavelmente sombrio.

Felizmente (ou infelizmente sei lá) não somos os únicos a desaparecer.
Com todas as outras coisas do mundo, acontece o mesmo.
O sol, as nuvens, as folhas e até as férias
Estão sempre
A começar e a acabar,
A aparecer e a desaparecer.

O que propõe este livro?
Observar as coisas do mundo e nelas procurar novas pistas e possibilidades (que nos sirvam a nós e àqueles de quem mais gostamos).
Atenção: nesta procura, nada deve ser ignorado – das meias que se evaporam misteriosamente ao sol que todos os dias se vai embora – em tudo pode haver ideias interessantes que ajudem a preencher o espaço deixado em aberto por esta grande interrogação.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

PALAVRA COMO IMAGEM

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

LEITORES - UMA NECESSIDADE ENTRE OS PROFESSORES

http://bibliolectors.tumblr.com/
Si los lectores apasionados están al día en conocimientos, se desenvuelven con destreza buscando información, contextualizan, son excelentes transmisores de inquietudes y por tanto estimuladores natos de la creatividad, ¿por qué todos ellos no son educadores?

El simple sentido común indica que quien enseña debe, además de contar una experiencia pedagógica, conocer sobre diversos temas y saber como encausar las inquietudes que lógicamente surgen de seres humanos que están en el proceso de aprender.

Y es que no basta con conocer al dedillo determinada materia y ser suficientemente bueno para enseñar, sino se es capaz de relacionar permanentemente toda esa concentración de sabiduría con lo cotidiano que vive el educando, utilizando la lectura como el medio de apoyo más eficaz para la formación.

Hay que buscar que la enseñanza otorgue lecturas compatibles con la realidad del entorno de los escolares.

Es imperioso una constante actualización de la bibliografía literaria que se refiera a situaciones comunes en donde los balones de fútbol sean como frutas y caigan de los árboles, a personajes de los juegos de video que cobren vida para confrontar a sus fanáticos que tan buena es la esencia de esa distracción, a las biografías de los íconos de la música y el baile, pero también a quienes viven la presión de su grupo, en el maltrato, los que han hecho de sus miedos sus fantasmas, los que no pueden y necesitan encontrar a alguien como ellos y que sin saberlo están esperándolos sentados en alguna de la frases de un libro.

Estos son los profesores que necesita con urgencia esta sociedad. Seres que tengan como los mayordomos de los castillos, las llaves de todas las puertas y que sepan y estén dispuestos a abrirlas para entregar un título, un escritor, un personaje, una situación, algo preciso que oriente y que al ser leído, sirva de apoyo al débil equilibrio de quienes hasta ahora van aprendiendo caminar.

Para que la experiencia de ser estudiante sea fructífera y sirva para ir estableciendo inquietudes para proyectos de vida, se requiere que junto con los lectores – profesores, exista todo un proceso de estímulo por parte del Estado y el comercio editorial, con la creación de las facilidades de acceso y capacitación de los educadores al mundo de la bibliografía literaria.

Sólo así, los lectores – profesores podrán formar lectores para todas las profesiones y todos los oficios.

domingo, 16 de outubro de 2011

O TRABALHO DOS PROFESSORES É A GENEROSIDADE

Artigo de José Luís Peixoto, publicado na revista Visão de 13 de Outubro de 2011

Um ataque contra os professores é sempre um ataque contra nós próprios, contra o nosso futuro. Resistindo, os professores, pela sua prática, são os guardiões da esperança.

O mundo não nasceu connosco. Essa ligeira ilusão é mais um sinal da imperfeição que nos cobre os sentidos. Chegámos num dia que não recordamos, mas que celebramos anualmente; depois, pouco a pouco, a neblina foi-se desfazendo nos objectos até que, por fim, conseguimos reconhecer-nos ao espelho. Nessa idade, não sabíamos o suficiente para percebermos que não sabíamos nada. Foi então que chegaram os professores. Traziam todo o conhecimento do mundo que nos antecedeu. Lançaram-se na tarefa de nos actualizar com o presente da nossa espécie e da nossa civilização. Essa tarefa, sabemo-lo hoje, é infinita.
O material que é trabalhado pelos professores não pode ser quantificado. Não há números ou casas decimais com suficiente precisão para medi-lo. A falta de quantificação não é culpa dos assuntos inquantificáveis, é culpa do nosso desejo de quantificar tudo. Os professores não vendem o material que trabalham, oferecem-no. Nós, com o tempo, com os anos, com a distância entre nós e nós, somos levados a acreditar que aquilo que os professores nos deram nos pertenceu desde sempre. Mais do que acharmos que esse material é nosso, achamos que nós próprios somos esse material. Por ironia ou capricho, é nesse momento que o trabalho dos professores se efectiva. O trabalho dos professores é a generosidade.
Basta um esforço mínimo da memória, basta um plim pequenino de gratidão para nos apercebermos do quanto devemos aos professores. Devemos-lhes muito daquilo que somos, devemos-lhes muito de tudo. Há algo de definitivo e eterno nessa missão, nesse verbo que é transmitido de geração em geração, ensinado. Com as suas pastas de professores, os seus blazers, os seus Ford Fiesta com cadeirinha para os filhos no banco de trás, os professores de hoje são iguais de ontem. O acto que praticam é igual ao que foi exercido por outros professores, com outros penteados, que existiram há séculos ou há décadas. O conhecimento que enche as páginas dos manuais aumentou e mudou, mas a essência daquilo que os professores fazem mantém-se. Essência, essa palavra que os professores recordam ciclicamente, essa mesma palavra que tendemos a esquecer.
Um ataque contra os professores é sempre um ataque contra nós próprios, contra o nosso futuro. Resistindo, os professores, pela sua prática, são os guardiões da esperança. Vemo-los a dar forma e sentido à esperança de crianças e de jovens, aceitamos essa evidência, mas falhamos perceber que são também eles que mantêm viva a esperança de que todos necessitamos para existir, para respirar, para estarmos vivos. Ai da sociedade que perdeu a esperança. Quem não tem esperança não está vivo. Mesmo que ainda respire, já morreu.
Envergonhem-se aqueles que dizem ter perdido a esperança. Envergonhem-se aqueles que dizem que não vale a pena lutar. Quando as dificuldades são maiores é quando o esforço para ultrapassá-las deve ser mais intenso. Sabemos que estamos aqui, o sangue atravessa-nos o corpo. Nascemos num dia em que quase nos pareceu ter nascido o mundo inteiro. Temos a graça de uma voz, podemos usá-la para exprimir todo o entendimento do que significa estar aqui, nesta posição. Em anos de aulas teóricas, aulas práticas, no laboratório, no ginásio, em visitas de estudo, sumários escritos no quadro no início da aula, os professores ensinaram-nos que existe vida para lá das certezas rígidas, opacas, que nos queiram apresentar. Se desligarmos a televisão por um instante, chegaremos facilmente à conclusão que, como nas aulas de matemática ou de filosofia, não há problemas que disponham de uma única solução. Da mesma maneira, não há fatalidades que não possam ser questionadas. É ao fazê-lo que se pensa e se encontra soluções.
Recusar a educação é recusar o desenvolvimento.
Se nos conseguirem convencer a desistir de deixar um mundo melhor do que aquele que encontrámos, o erro não será tanto daqueles que forem capazes de nos roubar uma aspiração tão fundamental, o erro primeiro será nosso por termos deixado que nos roubem a capacidade de sonhar, a ambição, metade da humanidade que recebemos dos nossos pais e dos nossos avós. Mas espero que não, acredito que não, não esquecemos a lição que aprendemos e que continuamos a aprender todos os dias com os professores. Tenho esperança.

sábado, 8 de outubro de 2011

"A MORTE É A MELHOR INVENÇÃO DA VIDA" - STEVE JOBS



Emocionante este discurso do genial Steve Jobs, na graduação dos estudantes da Universidade de Stanford.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

PROFESSORES APAIXONADOS



"Professores e professoras apaixonados acordam cedo e dormem tarde, movidos pela idéia fixa que podem mover o mundo. Apaixonados, esquecem a hora do almoço e do jantar: estão preocupados com as múltiplas fomes que, de múltiplas formas, debilitam as inteligências.

As professoras apaixonadas descobriram que há homens no magistério igualmente apaixonados pela arte de ensinar, que é a arte de dar contexto a todos os textos. Não há pretexto que justifiquem, para os professores apaixonados, um grau a menos de paixão, e não vai nisso nem um pouco de romantismo barato. Apaixonar-se sai caro!
Os professores apaixonados, com ou sem carro, buzinam o silêncio comodista, dão carona para os alunos que moram mais longe do conhecimento, saem cantando o pneu da alegria. Se estão apaixonados, e estão, fazem da sala de aula um espaço de cânticos, de ênfases, de sínteses que demonstram, pela via do contraste, o absurdo que é viver sem paixão, ensinar sem paixão.
Dá pena, dá compaixão ver o professor desapaixonado, sonhando acordado com a aposentadoria, contando nos dedos os dias que faltam para as suas férias, catando no calendário os próximos feriados.
Os professores apaixonados muito bem sabem das dificuldades, dos desrespeitos, das injustiças, até mesmo dos horrores que há na profissão. Mas o professor apaixonado não deixa de professar, e seu protesto é continuar amando apaixonadamente.
Continuar amando é não perder a fé, palavra pequena que não se dilui no café ralo, não foge pelo ralo, não se apaga como um traço de giz no quadro. Ter fé impede que o medo esmague o amor, que as alienações antigas e novas substituam a lúcida esperança.
Dar aula não é contar piada, mas quem dá aula sem humor não está com nada, ensinar é uma forma de oração. Não essa oração chacoalhar de palavras sem sentido, com voz melosa ou ríspida. Mera oração subordinada, e nada mais.
Os professores apaixonados querem tudo. Querem multiplicar o tempo, somar os esforços, dividir os problemas para solucioná-los. Querem analisar a química da realidade. Querem traçar o mapa de inusitados tesouros.
Os olhos dos professores apaixonados brilham quando, no meio de uma explicação, percebem o sorriso do aluno que entendeu algo que ele mesmo, professor, não esperava explicar. A paixão é inexplicável, bem sei. Mas é também indisfarçável."