Aprendo sempre tanto com a Dora... Ontem estive aqui e foi uma tarde muito bem passada.
A propósito das "Máquinas imaginárias" revisitei Gianni Rodari, conheci as "Máquinas inúteis de Bruno Munari (de quem só conhecia outra faceta) e conheci o trabalho fotográfico do casal Robert e Shana Parke-Harrison (ambos merecem que volte a eles mais tarde...).
Rodari considera a arte de inventar histórias uma tarefa muito séria. A importância do seu ensaio Gramática da Fantasia - cujo conceito rompe com todos os príncipios associados quer à noção de gramática, quer de fantasia, uma vez que a fantasia não poderia ser estruturada por categorias como numa gramática instituída para estabelecer normas - não abrange apenas a definição de um novo tipo de literatura infantil mas, principalmente, ocupa também um lugar de relevo no inovar dos processos e objectivos da educação, em que a imaginação passou a ter direito à expressão nas salas de aula. Com Gianni Rodari, a criatividade e a fantasia conseguem entrar nas escolas, numa época em que tal parecia impossível! E hoje ainda, qual é o seu papel na sala de aula "convencional"?
Com a "invenção" do "binómio fantástico", a revolução de Rodari é acima de tudo linguística: ele põe as palavras em choque umas com as outras, obriga-as a juntar-se no mesmo contexto contra
tudo o que é costume, quebra as regras do jogo e faz da contínua ruptura linguística e da recomposição dos fragmentos em novos textos o centro da sua actividade de escritor e de professor no trabalho com as crianças.(quem não conhece, pode espreitar aqui numa versão limitada e em português do Brasil...)
domingo, 7 de junho de 2009
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1 comentário:
Olá Margarida. É verdade, é sempre tão BOM aprender com a Dora! Vim aqui de fugida só para anexar aos favoritos e passar mais longamente numa hora mais calma. Foi muito bom vir aqui, já vi que há muitos ninhos a visitar.
Um abraço e Boa semana
Ana Valente
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