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sábado, 3 de dezembro de 2011

PARA ONDE VAMOS QUANDO DESAPARECEMOS?

Se desaparecemos sem ninguém dar conta, 
não chegamos a desaparecer.
Porque, para alguma coisa desaparecer,
 é preciso que alguém a tenha visto primeiro
e dado pela sua falta depois.
Para que alguma coisa desapareça
são precisos sempre dois. 
(Um que fica e um que desaparece.)

 Mais um texto brilhante de Isabel Minhós Martins, sempre muito bem ilustrado pela Madalena Matoso e que nos ajuda a refletir, desdramatizando, sobre este tema da ausência, do desaparecimento e da morte. Não trazendo respostas definitivas, abre as portas à imaginação, tornando o tema (mesmo que por breves instantes) um pouco mais leve.

À parte algumas exceções, ninguém consegue responder com certeza absoluta à pergunta que dá título a este livro.
"Para onde vamos quando desaparecemos?" aproveita a ausência de respostas “preto no branco” para lançar novas hipóteses – mais coloridas e poéticas, mais sérias ou disparatadas, conforme o caso... – e assim iluminar um tema inevitavelmente sombrio.

Felizmente (ou infelizmente sei lá) não somos os únicos a desaparecer.
Com todas as outras coisas do mundo, acontece o mesmo.
O sol, as nuvens, as folhas e até as férias
Estão sempre
A começar e a acabar,
A aparecer e a desaparecer.

O que propõe este livro?
Observar as coisas do mundo e nelas procurar novas pistas e possibilidades (que nos sirvam a nós e àqueles de quem mais gostamos).
Atenção: nesta procura, nada deve ser ignorado – das meias que se evaporam misteriosamente ao sol que todos os dias se vai embora – em tudo pode haver ideias interessantes que ajudem a preencher o espaço deixado em aberto por esta grande interrogação.

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