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terça-feira, 5 de agosto de 2008

FINALMENTE DE FÉRIAS, ENTRE BORBOLETAS...


LagarTAGIS é a primeira estufa de Borboletas Vivas, na Europa, constituída por espécies comuns da fauna ibérica. Lisboa tem assim um novo espaço público de educação ambiental no Jardim Botânico da Universidade de Lisboa, que vale a pena visitar.



Que manhã tão bem passada... Apetece ficar mais um bocadinho, só mais um... pode ser que alguma nos pouse na mão ou na ponta do nariz... A Alice bem tentou!!

Obrigada aos avós pelo convite!





























BOAS LEITURAS, SEMPRE COM BORBOLETAS...


A VIAGEM DAS BORBOLETAS
Álbum narrativo de estrutura paralelística e de tipo acumulativo, A viagem das borboletas tematiza, através de um texto de influência fabulística, a importância da solidariedade e da amizade na construção de sociedades mais justas. As ilustrações de Chené, através do recurso à técnica do recorte e colagem de papéis de diferentes cores e formas, recriam o percurso realizado pelas personagens, sugerindo movimento e dinamismo, assim como a criação de laços afectivos entre elas. Além disso, a representação das personagens animais, todas de pequenas dimensões e de anatomia perfeitamente diferenciada, resulta de um plano de pormenor, capaz de permitir a observação minuciosa e cuidada de cada uma das espécies.

UM MILHÃO DE BORBOLETAS
Belíssimo álbum narrativo com ilustrações de Carll Cneut, Um milhão de borboletas cruza, com particular sensibilidade e subtileza, temas como o nascimento do amor, o crescimento e a autonomia. Narrando uma viagem iniciática da personagem masculina em busca do sentido das borboletas que o acompanham, assistimos ao abandono progressivo da infância e das actividades a ela associadas, ao mesmo tempo que assistimos ao seu deslumbramento perante a descoberta do outro e das emoções que ele provoca. Claramente cúmplices do texto, as ilustrações acrescentam-lhe sentidos e redimensionam a sua componente poética e metafórica. As ilustrações de Cneut merecem, por si só, a leitura do livro, ainda que o texto seja também de elevada qualidade narrativa e estética.

A LÍNGUA DAS BORBOLETAS

Cronologicamente situada nos alvores da Guerra Civil de Espanha e fazendo eco das consequências trágicas e individuais daquele conflito militar, ideológico e político num determinado contexto, a narrativa de Manuel Rivas é, simultaneamente, o apelo à tolerância e à memória e um tributo à figura do professor como elemento determinantes da formação criança, da sua mentalidade e dos seus afectos. Cheio de sugestões e de implícitos, o texto, próximo da prosa poética, apresenta um registo memorialista que, pela forma como revisita o passado e as injustiças aí cometidas, parece também funcionar como lamento pessoal e pedido de perdão do narrador. Cruzando a grande história com as pequenas estórias individuais, o texto dá conta das consequências da guerra e dos conflitos, apelando, de forma implícita, a sua sociedade mais justa e mais tolerante. As ilustrações, alternando entre o recurso à cor e o preto e branco, cristalizam os momentos centrais da narrativa, recriando, com expressividade, as personagens e os seus sentimentos.

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