O que não faz um pai por uma filha?
Num livro com a ilustração excepcional de Eric Carle, a leitura das imagens é imediata e facilitada por um livro que CRESCE na largura, na altura, despertando a curiosidade para as fases da Lua.
Como noutros livros do autor, a narrativa aparentemente simples, traduz-se sempre em aprendizagens novas para os mais pequenos.
Da Kalandraka
A técnica da ilustração com colagens de texturas e padrões é deliciosa e fácil de trabalhar com as crianças do Jardim de Infância.
Recomendado pelo PNL para leitura no Jardim de Infância
Do mesmo autor, muitos bons livros para os mais pequenos. Lembro-me de "A Lagarta Comilona"... nunca traduzido para português, penso...
Novedades LIJ septiembre-diciembre
Há 1 dia
2 comentários:
Andava para te mandar este texto. Quando vi este teu post lembrei-me imediatamente dele. Faz parte também de um espectáculo nosso, o À volta da língua.
"Era uma vez uma menina que pediu ao pai que fosse apanhar a lua para ela. O pai meteu-se num barco e remou para longe. Quando chegou à dobra do horizonte pôs-se em bicos de sonhos para alcançar as alturas. Segurou o astro com as duas mãos, com mil cuidados. O planeta era leve como uma baloa.
Quando ele puxou para arrancar aquele fruto do céu se escutou um rebentamundo. A lua se cintilhaçou em mil estrelinhações. O mar se encrispou, o barco se afundou, engolido num abismo. A praia se cobriu de prata, flocos de luar cobriram o areal. A menina se pôs a andar ao contrário de todas as direcções, para lá e para além, recolhendo os pedaços lunares. Olhou o horizonte e chamou:
- Pai!
Então, se abriu uma fenda funda, a ferida de nascença da própria terra. Dos lábios dessa cicatriz se derramava sangue. A água sangrava? O sangue se aguava? E foi assim. Essa foi uma vez."
Mia Couto, de CONTOS DO NASCER DA TERRA
Beijinhos e bom Verão
Cristina
boa noticia: a lagartinha voltou a ser publicada em Portugal, pela Kalandraka ( fora-o ha ha muitos anos pelo circulo de leitores ).
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